
A ForTuna regressou e voltou em grande. Nos passados dias 16 e 17 de Outubro, a tuna académica da Nova SBE dirigiu-se ao Instituto Politécnico de Viseu para participar no VIII Tosta Mista (festival de tunas mistas da cidade de Viseu).
A chegada ao local foi atribulada! Tudo começou com imprevistos à saída de Lisboa provocados por alguns acidentes, o que quase resultou na impossibilidade de participarmos nas serenatas.
Um terço da tuna já estava em frente à Câmara Municipal de Viseu, enquanto que o resto da malta ainda tinha pelo menos uma hora de caminho pela frente. Foi tempo suficiente para, quem já estava no local, conhecer os nossos fantásticos guias (Cristal, Pernas, Menor, Alentejana e Mocas) e ouvir as doces serenatas das restantes tunas a concurso. Também deu para jantar, que para nosso espanto não foi tosta mista mas sim bifana. A última tuna já tinha atuado e os poucos membros da ForTuna que estavam a assistir começavam a roer as unhas, a mexer nervosamente no telemóvel ou até mesmo a pedir à organização que “fizesse tempo” para conseguirmos participar nas serenatas. E não é que fizeram um intervalo de 10 minutos?
Chegaram entretanto os outros dois terços da tuna. Saltam dos carros quase ainda em andamento e todos carregamos os instrumentos para a escadaria da Câmara Municipal. Não houve tempo para grandes aquecimentos ou afinações. Traçam-se as capas, o público volta a entrar e começamos com “Jura”, tema de Rui Veloso adaptado pela tuna e solado por Sérgio Rocheteau. Segue-se o “Eu sei”, música de Sara Tavares e solada pela Mezzo, com direito a lágrimas e muitos aplausos. O nosso trabalho estava concluído por aquela noite. A hora das fotos tinha chegado. Todos na rua em frente ao “tomi”, uns a comer outros a sorrir, com ou sem guias, tirámos algumas fotos ao estilo da ForTuna.
No fim, arrumamos os instrumentos e a corrida foi para os bares: para o “Obviamente”, para o “Sei Divino” e depois para o “Ice Club”. A dormida de poucas horas deu-se no quartel. Sábado era dia de actuação! Despertos e já de almoço na barriga, fizemo-nos às ruas de Viseu e corremos meia cidade com jogos e serenatas. A ForTuna nunca pára! Para ocupar o que restava da tarde fomos para um bar, “O Estudantino”. Tunas a tocar, serenatas, matraquilhos e comida não faltaram até à hora de jantar. Aguardava-nos uma caminhada até à cantina do IPV. Depois de muitas voltas e de saltarmos alguns muros, conseguimos sentar-nos e jantar. Não faltou diversão!
Entre aventuras para encontrar as casas de banho, conversas e mais uns minutos de caminho, entramos na aula magna do IPV. O nervoso miudinho começava a aparecer mas lentamente, pois seríamos a última tuna a atuar. Fomos espreitar o trabalho das outras tunas que animavam o público no auditório, e momentos antes da actuação dirigímo-nos para uma sala onde aquecemos as vozes e afinámos os instrumentos.
Alinhada e de capa traçada, a Fortuna entra em palco. Últimos toques na afinação e abrem-se as cortinas. Para começar, “Um contra o outro” adaptado dos Deolinda. De seguida, “Amanhece o cais”, solado por Sérgio Rocheteau, mas não sem antes dar-mos a conhecer Tadeu e o concurso de pães com chouriço. Continuamos com o instrumental “Karla with a K” e “Uma Bica” solada por João Neves e Inês Bandeirinha. Terminámos com “Ala p’ra Rusga”, um dos mais famosos originais da ForTuna. O público vibrou, riu e aplaudiu. A tuna da casa atuou e chegou a hora de saber a que tunas seriam entregues os prémios do VIII Tosta Mista.

De peito cheio de orgulho e instrumentos arrumados, seguimos para um dos jardins perto da aula magna onde tirámos fotos. A noite acabou no “Ice Club”. Muita música, gente e dança. Momentos memoráveis que só a ForTuna sabe criar.
Domingo foi dia de regressar a Lisboa. Mas não sem sem almoçar e assistir à entrega do prémio Tuna Mais Tuna. Depois, entre pneus furados e o mau tempo que se fazia sentir, chegámos inteiros e com a mesma força e vontade para viver os festivais que se avizinham.
Publicado por Bandeirinha no dia 24 de November de 2015