
O fim de semana de 14 e 15 de Março já lá vai, mas dele ficam as recordações de mais um grande festival de tunas ao qual fomos incapazes de faltar! Foi com enorme gosto que aceitámos o convite para participar no XII Hipócrates organizado pela Tuna Médica de Lisboa, que este ano teve como tema “Lisboa sem Fronteiras”, e contou ainda com a participação a concurso da ArquitecTuna FA-UTL, Real Tuna Infantina, Tuna Económicas, e com a presença da Tuna Académica de Biomédicas.
Trajados com devíamos e armados com os nossos instrumentos e litros de boa disposição, encaminhámo-nos para o Liceu Camões, onde fomos recebidos pela tuna anfitriã e pelos nossos guias, Pintoleiro, Cristiano e Sofia, aos quais deixamos desde já um valente obrigado pelo trabalho e paciência. Acompanhados por estes, logo nos dirigimos até à Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova, a tempo de afinar as vozes e instrumentos para dar início à Noite de Serenatas. Estava na hora de apresentar a nossa adaptação de Sara Tavares, Eu Sei, solada por Pahtrícia Duarte, que uma vez mais provou a uma plateia atenta que não são apenas os homens que conseguem cantar uma bela serenata.
A noite acabou no Liceu Camões, onde ao som da Ginjas Band pudemos descontrair um pouco, e elevar o espírito para a grande atuação que se realizaria no dia seguinte. O sábado começou logo pela hora do almoço, após o qual a ForTuna teve a oportunidade de demonstrar que não é apenas para cantar e tocar que temos jeito. Numa edição de Jogos Sem Fronteiras organizada pela TML, parte da tuna foi posta à prova em numerosos jogos, que nos desafiaram a adivinhar músicas, palavras desenhadas com os nossos próprios corpos, e até a procurar rebuçados escondidos num alguidar repleto de farinha. Enquanto isso, os mais desportistas puderam participar no Futunas, o torneio que lhes permitiu exibir os seus dotes futebolísticos contra as restantes equipas de tunantes. Num misto de aplausos, golos e gargalhadas, chegámos à final na qual, após uma disputa renhida, apenas uma tuna se poderia sagrar vencedora: Quem? Nós!
Depois do jantar, chegou a hora de apanhar o autocarro, e rumar para a Reitoria da Universidade Nova, onde aguardámos ansiosamente o momento por que tanto esperávamos. E por fim, após uma abertura digna de Jogos Olímpicos e atuação da tuna convidada, TAB, foi dado início às interpretações das tunas a concurso.
Combatendo o nervosismo, subimos a palco com a intenção de apresentar o nosso melhor, e acima de tudo, de nos divertirmos enquanto interpretávamos as cinco músicas eleitas. Após uma abertura animada com o Alma Perdida, pudemos orgulhosamente tocar pela primeira vez em público o nosso novo original, Amanhece o Cais, composto por Bernardo “Estrela” Gonçalves, e solado por Tomás “Estrelita” Gonçalves. Seguiu-se o instrumental Ecstasy of Gold, Uma Bica, e como não podia deixar de ser, o alinhamento foi fechado pelo já tão famoso Ala P’rá Rusga.
Restava-nos então apenas desfrutar das restantes atuações, enquanto aguardávamos impacientemente a decisão do júri, e a entrega dos prémios aos vencedores.
Era impossível disfarçar a alegria ao ouvir no nosso nome ser chamado, como prova do reconhecimento pelo nosso trabalho. Mas mais do que isso, aproveitamos este momento para dar parabéns a todos os vencedores, e a todas as tunas participantes.
Mas o festival não podia acabar sem que a noite nos voltasse a levar para o Liceu Camões, no qual a festa e animação se estenderam até à alvorada. Também neste espaço foram atribuídos os últimos prémios, que condecoravam a participação global nos jogos e festival:
E assim concluo este rescaldo, deixando um muito obrigado a todas as tunas que tornaram estes dois dias possíveis, e principalmente à Tuna Médica de Lisboa, pelo convite e esforço dedicado à realização deste XII Hipócrates. Esperamos estar de volta daqui a um ano, para uma nova dose de música e diversão.
Publicado por Batalha no dia 25 de March de 2014